sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Negado recurso de prefeito de Riacho de Santana-BA cassado por compra de...



Negado recurso de prefeito de Riacho de Santana-BA cassado por compra de votos

https://www.youtube.com/watch?v=4QHBcjVvGt0 Por unanimidade, na sessão plenária desta quinta-feira (8), os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mantiveram, na sessão desta quinta-feira (8), as condenações de Tito Eugênio Cardoso de Castro, prefeito de Riacho de Santana-BA, de seu vice e de um vereador por compra de votos nas eleições de 2008. O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) cassou os mandatos dos políticos por compra de votos, por suas mulheres terem oferecido consultas médicas a dois eleitores em troca de votos durante a campanha de 2008. Ao negar o recurso do prefeito, de seu vice e do vereador, o relator do processo, ministro Arnaldo Versiani, disse que a questão da baixa potencialidade da conduta praticada pelas esposas dos políticos para influenciar o resultado do pleito não foi mencionada no recurso, não podendo, assim, ser examinada pelo TSE. O Tribunal Regional da Bahia destacou, ao cassar o mandato do prefeito, que a compra de votos praticada teve o poder de afetar o resultado da eleição em Riacho de Santana, já que, na ocasião, Tito Eugênio venceu o pleito por uma diferença de 595 votos em relação ao segundo colocado em 2008.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

UM RESUMO DA HISTÓRIA DA AQPAINE

A Pastoral dos Índios e dos Negros de Riacho de Santana – BA foi fundada em 28 de agosto 1997 com o objetivo principal de conhecer e escrever uma nova história dos descendentes indígenas e negros desta localidade. Pe. Aldo Lucchetta, italiano, adotou a cidade de Riacho de Santana como sua terra e seus munícipes como sua família. Homem trabalhador, guerreiro se tornou a voz dos menos favorecidos, dos sem voz e sem vez. Realizou muitas obras nesta cidade, mas a sua maior obra foi o trabalho de conscientização que começou com a criação das CEBs na paróquia, catequese e a politização da população que até então vivia embaixo da pata dos governantes. Em meio a este trabalho criou muitas pastorais dentre elas a Pastoral dos Índios e dos Negros – PAINE. Pe. Aldo morreu no dia 28 de março de 1998, vítima de um fatídico acidente de carro. As primeiras atividades realizadas pelo grupo que acabara de nascer foram comemorações de aniversário de membros na sala de reuniões na Casa Paroquial onde reuníamos. Enquanto tentávamos vasculhar a nossa história nos dedicamos ao trabalho social e resgate da cultura local. A PAINE, desde a sua fundação vem caminhando com muitas dificuldades, mas sobrevivendo com seu trabalho de formiguinha. Trabalho este que se estendeu pela zona rural do município onde já temos a organização de 01(uma) comunidade de remanescentes de quilombos na sede do município e 08 (oito) na zona rural, totalizando 09 (nove) comunidades quilombolas certificadas pela Fundação Cultural Palmares. Com o passar dos anos sentimos a necessidade de fortalecer e organizar melhor o grupo, ou seja, precisaríamos de vida jurídica para que pudéssemos realizar projetos com o objetivo de dar suporte e atender melhor as comunidades citadas anteriormente além de ter acesso a benefícios sociais destinados aos moradores dessas localidades, foi aí que no dia 20 de Dezembro de 2005 criamos a Associação Quilombola da Pastoral dos Índios e dos Negros de Riacho de Santana – BA – AQPAINE. É uma Associação Cultural que busca o resgate da memória histórica dos descendentes de índios e afro-brasileiros e que no primeiro momento buscou reativar a cultura do reisado na cidade e em comunidades rurais próximas a sede do município, também reativamos o carnaval de marchinhas, bem como cantigas de rodas e outras danças não mais praticadas pelos atuais descendentes de quilombos. Por último tentamos revigorar o bumba-meu-boi em parceria com alguns professores do Colégio Estadual Sinésio Costa - CESC. Temos uma rotina de reuniões mensais e, de acordo a necessidade, encontros para estudo e planejamento de ações a serem realizadas. Dentre as ações realizadas pelo grupo destacamos algumas como: a realização de encontro de formação de lideranças, distribuição de complementação alimentar para 45 famílias membros da AQPAINE através da CONAB repassado pela AMMC-RS, acompanhamento de um projeto do MDA – AEGRE desenvolvido através do Instituto TERRAGUA para elaborar o Plano de Desenvolvimento dos serviços de assistência técnica e extensão rural nas comunidades quilombolas em processo de regularização fundiária pelo INCRA na comunidade quilombola de Mata do Sapé. Temos participado de fóruns, encontros de formação para lideranças e professores de comunidades quilombolas, no Território Velho Chico e estaduais inclusive na criação do Conselho Estadual de Comunidades Quilombolas e é importante ressaltar a ação que nos levou a ser um dos proponentes do Edital Pontos de Leitura, o projeto “Uma Leitura da Cultura Negra Riachense” que surgiu com um grupo de professores do Colégio Estadual Sinésio Costa, aqui em Riacho de Santana. Ao estabelecer parceria com a Pastoral dos Índios e dos Negros de Riacho de Santana, a professora Tatyana Di Lissandra, doou uma coleção de 23 títulos que tratam da temática étnico-racial, títulos estes que havia adquirido como prêmio pelo CEERT, por trabalhos desenvolvidos na área. Nesse momento surge a ideia de montar um acervo com o objetivo de beneficiar a comunidade através da promoção de trabalhos com leituras que possibilitassem o desenvolvimento do senso de pertinência e autonomia intelectual; bem como, o apreço pela leitura, atribuindo-lhe significados, conforme, propõe FREIRE. A partir desse momento, houve uma motivação para a aquisição de novos títulos, para a realização dos trabalhos que, até então, vem sendo realizado semanalmente. O trabalho recebeu novos adeptos e é conduzido por um grupo de voluntários que fazem a mediação em relação aos eixos temáticos de cada livro. A metodologia mais relevante se dá através do rodízio de livros: títulos são distribuídos para um determinado grupo e trocados semanalmente, quando fecha o círculo, inicia-se o processo de exploração dos seus conteúdos. Além das leituras convencionais (dos livros), outras formas de leitura são exploradas: filmes, documentários, pesquisas de campo, etc. O público atendido é na sua maioria de jovens, adultos e pessoal de terceira idade. A ideia é ampliar também para o público infantil. Um outro aspecto relevante do trabalho é o fato de muitos dos adeptos, que fazem parte da Pastoral dos Índios e dos Negros, não serem alfabetizados. Para estes, é utilizada uma metodologia diferenciada: o mediador relata o enredo/conteúdo da obra e em seguida explora as ideias principais contextualizando-as com os “saberes” do grupo. Recentemente a AQPAINE foi contemplada com um Ponto de Leitura do Programa Mais Cultura do Estado da Bahia executado pela Fundação Pedro Calmon. A alfabetização deste grupo de adultos é também uma das ações propostas pelo projeto contemplado. Na luta contra a discriminação racial e até mesmo a intolerância religiosa que infelizmente acontece em nosso Município, o que temos feito é apenas trabalho de conscientização, mas existem situações com necessidade maior, que é o caso de assessoria jurídica no acompanhamento de processos abertos contra a prática do crime de racismo. RIACHO DE SANTANA – BA. Fevereiro de 2012.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

O I COLÓQUIO DE CULTURA E LITERATURA BAIANA: CAMILLO DE JESUS LIMA & JORGE AMADO

O I COLÓQUIO DE CULTURA E LITERATURA BAIANA: CAMILLO DE JESUS LIMA & JORGE AMADO, proposto pelo GPCLB – Grupo de Pesquisa Cultura e Literatura Baiana, do DCH VI/UNEB, visa promover o diálogo entre pesquisadores de diversos Departamentos da Universidade do Estado da Bahia e de outras Universidades a fim de propiciar o intercâmbio de produções artísticas e científicas que tratam da arte, cultura e literatura na Bahia, tendo como tema “TRAÇADOS MULTIFACETADOS: LÍRICA E FICÇÃO BAIANA”. Este colóquio consagra homenagem aos dois escritores centenários, Jorge Amado e Camillo de Jesus Lima, baianos em prosa e verso. O evento ocorrerá no Campus VI, na cidade de Caetité/Bahia, com Conferência, Minicursos, Mesas-Redondas, Comunicações, Apresentações Artísticas, Lançamento de livros, de CD e de curta-metragem. O público alvo desse evento são estudantes de graduações e pós-graduações, profissionais da educação, artistas e toda a comunidade interessada no assunto em pauta, podendo participar como ouvinte, pesquisador, debatedor.

sábado, 14 de julho de 2012

Blog Falando Francamente - A Notícia do Agreste e do Sertão passa por aqui: Câmara analisa projeto de lei que pune violência c...

Blog Falando Francamente - A Notícia do Agreste e do Sertão passa por aqui: Câmara analisa projeto de lei que pune violência c...: A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 267/11, da deputada Cida Borghetti (PP-PR), que estabelece punições para estudantes que des... Câmara analisa projeto de lei que pune violência contra o professor
A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 267/11, da deputada Cida Borghetti (PP-PR), que estabelece punições para estudantes que desrespeitarem professores ou violarem regras éticas e de comportamento de instituições de ensino. Em caso de descumprimento, o estudante infrator ficará sujeito a suspensão e, na hipótese de reincidência grave, encaminhamento à autoridade judiciária competente. A proposta muda o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90) para incluir o respeito aos códigos de ética e de conduta como responsabilidade e dever da criança e do adolescente na condição de estudante. Indisciplina De acordo com a autora, a indisciplina em sala de aula tornou-se algo rotineiro nas escolas brasileiras e o número de casos de violência contra professores aumenta assustadoramente. Ela diz que, além dos episódios de violência física contra os educadores, há casos de agressões verbais, que, em muitos casos, acabam sem punição. O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Educação e Cultura; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Quando eu era estudante do ensino médio, os meus professores me serviam de referência, era possível ser amiga deles. Ao mesmo tempo em que podíamos brincar com eles, havia um respeito enorme por aqueles que nos ensinavam um pouco mais dia a dia. É muito triste perceber que o desrespeito e a violência ao professor imperam no dia de hoje. Amannda Oliveira

domingo, 22 de abril de 2012

Dança da Jiboia

O I ECELENA/I EGPLEC realizado nos dias 16 a 19 de abril no Campus VI da UNEB em Caetité foi maravilhoso. Nós da Pastoral estivemos presentes no dia 19/04 com a apresentação de documentário sobre o Ponto de Leitura da AQPAINE e atividade cultural (Dança da Jiboia e Dona Mariquinha. Os agradecimentos do grupo à equipe de organização do evento, em especial aos prfessores Tupy e Patrícia Pina, que nos oportunizaram com a participação em tão grandioso evento.A vocês os nossos sinceros agradecimentos. [...] Ler para viver. Ler a vida. Ler para ampliar as perspectivas,
para associar ideias, para reinventar o mundo, a partir da condição pessoal[...]

Eliana Yunes.






Ler é entusiasmar-se pelo sonho e pela fantasia de poder viajar num mundo em que não tenha dimensões ;
Ler é sobretudo inaugurar-se no âmbito novo do prazer da leitura;
Ler é antes de mais nada seduzir por si próprio numa visão e imaginação de mundo infinita...
Eliene Silva

sábado, 17 de março de 2012

1º CLISERTÃO, 14 A 20 DE MAIO EM PETROLINA

O I CLISERTÃO-Congresso Internacional do Livro, da Leitura e da Literatura-foi lançado no dia 14/3. Divulguem o site www.clisertao.com para que possamos interagir com todos que queiram participar desse evento importantíssimo para a reinvenção do Sertão como espaço imagético-discursivo. Petrolina espera por vocês de braços abertos e de coração quente (como a nossa terra). Abraços a Todos e obrigado pelo apoio (em nome da UPE e da Fundarpe/Sec. Estadual de Cultura de Pernambuco).

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

A FORMAÇÃO DA LITERATURA BRASILEIRA NA VISÃO DE ANTÔNIO CÂNDIDO E AFRÂNIO COUTINHO

Os críticos literários de Afrânio Coutinho e Antônio Cândido causaram muita polemica acerca da formação da literatura brasileira. Ambos apresentam concepções distintas. Para Afrânio Coutinho, a literatura brasileira tem seu início a partir da colonização portuguesa, desde o momento que aqui chegaram os portugueses reiterando que a literatura também se fortalece no barroco. Partindo desta concepção, é fato que a literatura brasileira tem passado por fases distintas, desde o seu “nascimento e infância” com a chegada dos portugueses até a fase “adulta”. Coutinho traz a ideia de que o fazer da história do Brasil e da literatura brasileira acontecem de forma linear a partir das novas vivências e manifestações culturais já existentes por aqui. Refletindo sobre as concepções de Afrânio Coutinho, acerca de quando se pode considerar uma literatura puramente brasileira, observa-se que este fato só pode acontecer a partir de um processo de organização do Estado Nacional. Se não existe esta organização pode existir uma nação? Enquanto os portugueses chegavam às terras onde hoje é o Brasil produzia-se a chamada Literatura da informação, denominação dada às manifestações literárias ocorridas neste território no século XVI. Esses escritores tratam de registros documentais, conclui-se que as informações contidas na Carta de Caminha além do caráter informativo foi registrado sob olhar estrangeiro. Ainda desta época, não podemos desconsiderar a “literatura Jesuítica” na poesia de Anchieta e nos sermões de Antônio Vieira primeiros registros de cunho literário. Os autores de tais obras, porém são europeus e o território que acaba de ser apossado do território que ora passa a pertencer a Portugal. Dentro desse contexto, Cândido defende a ideia de a literatura puramente brasileira ter seus primeiros registros constituídos e associados ao processo de organização do Estado Nacional. Entendemos que a problemática histórica posta quando se discute e se procura compreender a constituição da literatura brasileira, não pode ser dissociada do processo de organização de tal modo que é um critério de valor para uma obra ser considerada digna de ser inserida na história da literatura brasileira. O Brasil preexistia à constituição Nacional. Isso quer dizer que teríamos já uma literatura brasileira antes mesmo da existência do Brasil ou da nação brasileira. Mas, é possível conceber, historicamente, uma literatura antes do Estado Nacional, num território em condições de colônia. Segundo as concepções de Cândido isso só é possível a partir da organização do Estado, ou seja, a partir da existência de uma nação. Por: Maria Lúcia de Jesus e Edinalva Pereira